23 de dezembro de 2011

Tenho sede da linguagem do sino

Imagino quantos sons ouviremos ao longo das festividades de São Raimundo: sons das propagandas das lojas e dos comércios, sons dos carros de propagandas eleitorais, sons das bandas que animam as festas dançantes e sons de particulares. Em meio a tantos poderosos e potentes sons, São Raimundo se torna, sobretudo, neste período, a cidade dos sons, mais para barulho e poluição sonora do que outra coisa.

Contudo, amado, amada de Deus, há um som que precisa ser mais ouvido e com mais gosto: o som dos velhos e surrados sinos da catedral. Os sinos, tão antigos quanto a civilização e a igreja, desde meados dos séculos IV e V, estão nas torres das nossas igreja para falar aos corações, acordar quem está dormindo e convidá-lo à vigilância e à oração. Os sinos se constituem, por assim dizer, em um dos primeiros veículos de comunicação, antigo e novo, que a igreja dispôs e adotou para se comunicar com seus fieis. Embora estejamos na era da cibernética, da informática e da comunicação, esta linguagem milenar ainda não perdeu a sua validade.

O poeta Fernando pessoa, assim se expressava, ao falar do sino da sua aldeia: “Ó sino da minha aldeia, dolente na tarde calma, cada tua badalada soa dentro da minha alma. E é tão lento o teu soar, tão como triste da vida, que já a primeira pancada tem o som de repetida. Por mais que me tanjas perto, quando passo, sempre errante, és para mim como um sonho, soas-me na alma distante. A cada pancada tua, vibrante no céu aberto, sinto mais longe o passado, sinto a saudade mais perto”.

Sino, um simples instrumento acústico, feito de bronze, com badalo ou martelo, fala, toca e se comunica, anunciando alegres festas ou tristes funerais. Em seus repiques e dobrados clamam aos céus e aos ouvidos humanos, falam de alegrias e agonias, festas ou funerais, de alegrias ou de dores. Mas, num ou noutro caso, sua comunicação traz benção e bons fluidos e efeitos espirituais.

No dizer do Mons. Jean-Joseph Gaume (1802-1879), célebre pela sua ciência teológica: “Como todas as grandes e belas coisas, é à Igreja que devemos o sino. O sino nasceu católico, por isso a Igreja o ama como a mãe ama o seu filho. Ela benze o metal de que é feito. Logo que ele veio ao mundo, a Igreja o batizou e fez dele um ente sagrado. Com razão, porque o sino é destinado a cantar tudo o que há de santo e de santificante na terra e no céu, pelas orações e cerimônias que o acompanham. Daí a sua missão positiva. A sua voz proclama os grandes mistérios do Cristianismo, aumenta a devoção dos cristãos, para cantar novos cânticos na assembléia dos santos e convida os anjos a tomar parte nos seus concertos. O sino fará tudo isto, porque esta missão lhe é confiada em nome d'Aquele que possui todo o poder no céu e na terra. Cada badalada faz retinir ao longe os dois mistérios de morte e de vida - alpha e ômega - mistérios necessários para orientar a vida do homem, consolar as suas esperanças.
Daí vem, amado, amada de Deus, um fato pouco notado: o amor dos verdadeiros filhos da Igreja ao sino, e o ódio que lhe têm os inimigos de Deus. Este incontestável poder do sino contra os demônios do ar justifica a virtude que ele goza, de dissipar os ventos e as nuvens, de afugentar diante de si o granizo e o raio, de conjurar as tempestades e os elementos desencadeados, pois que todas essas perniciosas influências da atmosfera provêm muito menos de coisas naturais do que da maldade desses gênios maléficos. Nossos pais, na hora do perigo, faziam ouvir ao Pai Celeste, ao som dos sinos, seu primeiro grito de alarme. O Senhor não permanecia muito tempo insensível à voz do seu povo. A corda que serve para tocar o sino, essa corda que sobe e desce sem cessar, indica o trabalho do pregador, e é também imagem da nossa vida”.

Na realidade, amado, amada de Deus, não basta o sino tocar. São Paulo, na sinfonia ao amor, no hino da caridade, diz que se eu não tiver amor serei como um sino de bronze que soa em vão. E você, amado, amada de Deus, que sino está ouvindo? E como está tocando o sino de sua vida! Um dia saberemos e fique com Deus!

DOM PEDRO BRITO GUIMARÃES
BISPO DIOCESANO

6 de dezembro de 2011

03/12/2011 - Devoção dos Primeiros Sábados

No sábado de 03 de dezembro de 2011, os cooperadores arautos de Recife cumpriram os quatro requisitos para a Devoção dos Cinco Primeiros Sábados (Confissão, Recitação do terço, Meditação e Eucaristia). Nesta ocasião, foi implantado mais um horatório e os terciários também participaram do novenário de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.























29/11/2011 - Celebração Eucarística e Comemoração dos Aniversariantes de Novembro

Na terça-feira, 29 de novembro de 2011, os terciários arautos de Recife participaram da Celebração Eucarística realizada no sodalício do Cordeiro e presidida pelo Pe. Wanderlei Dansiger Xavier, EP. Ao final da missa, todos os presentes festejaram os aniversariantes do mês.




















27/11/2011 - Novo Cooperador na Festa de Nossa Senhora das Graças

Na Celebração Eucarística presidida pelo Pe.Wanderlei Dansiger Xavier, EP, em honra pela festa de Nossa Senhora das Graças, o grupo de cooperadores arautos de Recife recebeu o mais novo terciário. Além disso, 39 jovens entre adultos e crianças se consagraram a Jesus pelas mãos de Maria segundo o método de São Luís Maria G. de Montfort e 4 jovens receberam a primeira Eucaristia. Ao final da missa, os presentes puderam receber a imposição da medalha milagrosa.
Para saber mais acesse: http://recife.blog.arautos.org/2011/11/29/consagracao-e-1%C2%AA-eucaristia/#